Compositor: Juan German Fernandez Betancor
Nas quartas-feiras frias
A estação escura
Aos covardes poetas
Lhes enchem de pavor
No entanto, quando
Chega a sua figura
Firme e barulhenta
Você tira de letra
Trompa de elefante, olhos de dragão
Pasti, você faz arte da Constituição
Desacreditam minha arte
De sedução, meus amigos
Em noites de Tango
E sem parar de te olhar
Caem sentados de bunda
Esses malas não dão trégua
Me falam: Mano, você se superou
O que você tá fazendo com essa potranca?
Trompa de elefante, olhos de dragão
Pasti, você faz arte da Constituição
Então conto pra eles
Que você derrama doçura
E esses traços na sua beleza
Gera uma inveja saudável
Imagine se eu disser
O que fazemos na cama
Seu olhar me enlouquece
Me atropelo com seus lábios
E, entre salivas, ressoa
A palavra dos sábios
Seus olhos semicerrados
Parecem olhar para o eterno
Circulando sem parar
Nós enganamos as noites de inverno
Neste jogo convexo
Suas costas eclipsam meu umbigo
Seu sexo, para o meu sexo
É o abrigo mais milagroso
Suas costas contra o meu peito
Seus seios no espelho
Que reflete lá no teto
Reflexos pecaminosos
Trompa de elefante, olhos de dragão
Pasti, você faz arte da Constituição
E faço questão de contar pra eles
Que você derrama doçura
E esses traços na sua beleza
Gera uma inveja saudável
Imagine se eu disser
O que fazemos na cama