Compositor: Juan German Fernandez Betancor
Um violão muito desafinado
Um frio alquimista que transforma tudo em gelo
Uma canção que por animada está arruinada
E uma estima muito aderida ao solo
As esperanças guardadas numa gaveta
Não têm linhas que eu possa fazer
Meu Deus, que difícil é compor
Quando eu preciso do seu calor
Acho que é impossível
Tirá-la da minha cabeça
Um caminho de ida e volta
Que termina na cerveja
Na cerveja
E peço a Deus para que isso acabe
Para eu poder ser o de antes
Que não chora por mulheres
E tem sempre a quem amar
Sempre a quem amar
Ideias que voam mas que nunca aterrizam
Metáforas como histórias sem moral
Do quinto andar me está zombando uma senhora
Que como eu já se esqueceu dos sorrisos
Um verso triste que me acabam de vender
E os sapatos que me apertam o calcanhar
Me desculpem por minha canção ser tão triste
É que não voltarei a vê-la
E tenho medo de errar
De sofrer, ser ferido
Errar é algo humano
Mas amar você é um pecado
É um pecado
E peço a Deus para que isso acabe
Para eu poder ser o de antes
Que não chora por mulheres
E tem sempre a quem amar
Sempre a quem amar
Porque eu conheço o calibre dos seus beijos
Já não me deixo ser assassinado por essa boca
Já não ponho um cheio por você, não tenho um peso
Melhor, deixo a outro a tarefa que era minha
Que era minha
E tenho medo de errar
De sofrer, ser ferido
Errar é algo humano
Mas amar você é um pecado
É um pecado
Acho que é impossível
Tirá-la da minha cabeça
Um caminho de ida e volta
Que termina na cerveja
Na cerveja
E peço a Deus para que isso acabe
Para eu poder ser o de antes
Que não chora por mulheres
E tem sempre a quem amar
Sempre a quem amar